06/07/2022

Gucci, Burberry e mais: marcas de luxo investem alto no mercado de usados e vintage.

Comprar roupas de segunda mão ou de coleções antigas está tão na moda que grandes e tradicionais maisons estão apostando cada vez mais nesse segmento O número é alto: 40 bilhões de dólares por ano, segundo pesquisa do Boston Consulting Group. E deve crescer ainda mais, de 15 a 20% nos próximos cincos anos. Comprar roupas usadas e vintage está tão na moda que grandes e tradicionais marcas de luxo estão investindo cada vez mais nesse segmento. No Brasil, um levantamento feito pelo Sebrae com base em dados da Receita Federal mostra um crescimento de 48,58% na abertura de estabelecimentos que comercializam produtos desse tipo entre 2020 e 2021. O papel das grifes no mercado de segunda mão O luxo, de olho nessa fatia lucrativa do bolo, não ficou para trás. Na França, o mercado vintage representou em 2020 mais de sete bilhões de euros de faturamento, sendo mais de um bilhão só na moda. Segundo estimativas da ThredUp, uma das maiores plataformas americanas de revenda, até 2027 as vendas de roupas usadas devem superar as das grandes marcas de fast fashion e, sobretudo, gerar até 20% da receita de uma empresa de luxo (dados da Bain & Company). As maisons de luxo, que antes destruíam as sobras de coleções não vendidas – prática proibida a partir de janeiro de 2022 -, começaram a enxergar ali um grande filão. Muitas grifes agora veem as peças antigas como uma oportunidade imperdível, tanto do ponto de vista ético – para promover a sustentabilidade das suas criações -, como também econômico. Stella McCartney, em 2018, e Burberry e Gucci, no final de 2020, foram as primeiras grandes a entrar no mercado de segunda mão fechando parcerias com a The RealReal, loja online de consignação com 17 milhões de usuários, que vem democratizando o luxo de segunda mão há mais de dez anos. Pioneira, a Gucci criou a Gucci Vault, site da marca dedicado ao vintage, um sucesso absoluto. Peças icônicas, bolsas dos anos 1950, 1960 ou 1970, objetos para casa, tudo ali é customizado pelos artesãos da equipe interna, e às vezes até personalizados pelo próprio Alessandro Michele, antes de serem numerados e colocados à venda.

Fonte: CNN Brasil


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